Até aqui nos ajudou o Senhor! Deus é associado e o Festival da Sardinha foi um sucesso!!!Obrigada a todos que acreditaram!
Sardinha desponta como produto ilustre!
Antes considerado menor entre os peixes, agora a sardinha figura em cardápios bem requintados e criativos
Cascavel. A criatividade renova o cardápio e a ousadia transforma o rústico em requintado, traz esperança social e ainda destaca o turismo de comidas e paisagens. Em bom cearense, depois de por muito tempo ser o primo pobre dos peixes - uma mera isca - a invenção de pratos saborosos elevou o status e agora é ´chique´ comer sardinha. Comunidades de pescadores fazem a pesca sustentável dessa cultura que faz o cardápio na localidade de Caponga e em praias como Águas Belas, em Cascavel. No III Festival da Sardinha, realizado até ontem, o protagonista foi o peixe que está gerando renda para pescadores, donos de barracas e pousadas, e atraindo o turismo gastronômico para a região.
Quatro anos atrás não passava pela cabeça do seu Airon Camilo e da dona Patrícia Maria que, em vez de esperar os pescadores voltando do mar com lagosta, era sardinha que esperariam. "Um peixe pequeno, mas muito saboroso", diz Airon, dono da barraca "Oceanus Bezerrinha". Duas semanas atrás inventaram um prato que foi apresentado no festival e tem dado no que falar: o acarajé de sardinha. A reportagem degustou a invenção ainda quentinha e feita pela primeira vez, e ainda beliscou bolinha, filé à milanesa, a base de sardinha. Mas por traz de uma nova receita culinária está uma nova forma de gerar renda e praticar o turismo.
A praia da Caponga é considerada o maior porto pesqueiro de jangadas artesanais do Ceará, com um quilômetro de litoral. Lá se pesca de forma sustentável a lagosta, por meio do equipamento artesanal chamado manzoá, que não agride o meio ambiente. Mas a exploração predatória da lagosta na maior parte da costa cearense, gerando o lucro imediato, tem provocado a escassez do produto no mar e, consequentemente, seu encarecimento no cardápio de barracas e restaurantes. Os pescadores artesanais não ficam a lamentar a volta da pesca da lagosta porque estão trazendo peixes do tipo sardinha em suas redes, um produto que era apenas coadjuvante na pesca da lagosta e em muitos casos chegava a ser jogado no lixo. Hoje são pescados por mês cerca de 20 toneladas de sardinha.
"Hoje é a sardinha que sustenta a Caponga", defende Mamede Rebouças, presidente da Associação dos Empreendedores de Turismo, Artesanato e Cultura de Cascavel (Assetuc) e realizador do festival, coordenado pela J.A. Lima Produções. A mudança de pensamento sobre o tipo de peixe, hoje configurando produto "ilustre", repercute na gastronomia de diversas barracas espalhadas pelo litoral. Na Delícias da Jangada, pode-se comer sardinha tranqüilo: ela vai ao fogo sem espinhas, técnica dos cozinheiros da pousada Jangadas da Caponga e que deram mais atrativo ao cardápio.
A terceira edição do Festival da Sardinha é turística, mas também social e cultural. A tarde de ontem foi animada com a regata de jangadas, dos pescadores artesanais, mas muito além dos três primeiros lugares premiados, havia uma turma que em terra não se importavam com quem chegava primeiro. Eram crianças e adolescentes das escolas públicas que foram responsáveis pelas ilustrações nas velas de todas as jangadas. Com o tema "o que o povo da Caponga faz", os estudantes foram estimulados a fazer desenhos, um recorte da própria realidade.
MAIS INFORMAÇÕES
Assetuc - Mamede Rebouças
(85) 3334.8723 / 9697.3666
J. A. Lima Produção
(85) 3251.1105Melquíades Júnior
Colaborador
J. A. Lima Produção
(85) 3251.1105Melquíades Júnior
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